Se não podes implantar a paz, vence a tua violência íntima.
Se não consegues transformar o mundo, melhora-te interiormente.
Se não logras ser uma estrela, torna-te uma lamparina modesta, porém valiosa.
Joanna de Ângelis
Vez por outra desenvolvemos grandes planejamentos de vida; missões a serem concretizadas individualmente de forma a promoverem grandes transformações ao nosso entorno. Desejamos ser grandes ícones na sociedade.
Muitos de nós já sabemos o caminho para a erradicação da miséria, para a cura de doenças graves, conhecemos o procedimento correto para eliminar o trabalho infantil e evitar as guerras.
Entretanto, ao iniciarmos nossas empreitadas, começamos a perceber que as dificuldades são muitas, que a missões que entendemos devamos cumprir são quase impossíveis e acabamos enfraquecendo a nossa certeza na possibilidade de construção de um mundo melhor, com menos violência e sofrimentos.
Em alguns casos chegamos a questionar a própria sabedoria divina e nos rebelamos contra o criador, gerando ainda mais dor e dificuldades para nós e para aqueles que conosco convivem.
Joanna de Ângelis vem apresentar outra proposta de ação transformadora, embasada nos preceitos propostos pela doutrina dos espíritos e que podem revolucionar a forma como agimos no mundo.
Em O Livro dos Espíritos cuja autoria é de Allan Kardec, é possível aprofundarmos nossos conhecimentos a cerca das leis de Deus, informarmo-nos sobre o plano espiritual e, principalmente, situarmo-nos como espíritos imortais que jornadeiam neste planeta através do fenômeno natural chamado encarnação com o objetivo de desenvolvermos o senso moral, ou seja, a percepção de que somos todos espíritos imortais e, como tais, devemos agir na vida.
As informações contidas em O Livro dos Espíritos sugerem, entre outras, que nós somos responsáveis pelo nosso próprio desenvolvimento, ou seja, cabe a cada um de nós, individualmente embora vivendo no coletivo, burilarmos a nossas individualidades para fazer surgir o que há de melhor.
Contamos com a convivência em sociedade para viabilizar o trabalho de percepção do mundo, para recolhermos informações úteis para o nosso aperfeiçoamento, em fim, para percebermos o funcionamento das leis naturais.
Contamos com o amor dos espíritos moralmente superiores a nós que desejam que nos desenvolvamos moralmente e com o amor do Criador, Deus, que organizou este grande ambiente de estudo e prática coletiva; entretanto, a assimilação das lições de aprendizado ficam sob a responsabilidade de cada ser.
Temos a liberdade de escolha, chamada de livre arbítrio, e podemos direcionar nossas ações, pensamentos e sentimentos da forma que acharmos melhor, mas estamos sujeitos às consequências de nossas escolhas para que possamos perceber os mecanismos da vida. Ninguém fica parado nesta grande viagem evolutiva através do tempo.
Sendo assim, voltando a Joanna de Ângelis. Será que cabe a nós transformarmos aos outros? Podemos impor ao outro a nossa forma de agir e pensar?
Pelo que foi citado, acredito que não. Contribuiremos com a melhoria da sociedade através do exemplo, vivenciado de forma plena e coerente à medida que transformarmos em nós os valores que não estão alinhados com os propósitos espirituais.
Joanna nos chama à ação interna, à transformação individual, aparentemente menos brilhante no coletivo, mas valiosa do ponto de vista de construção de sociedades melhores.
Com o tempo, à medida que os espíritos encarnados e desencarnados deste planeta tornarem-se optantes pelo bem, nossa sociedade transformar-se-á de forma substancial e seremos capazes de afirmar que fizemos parte de um grande movimento de transformação planetária, mas faremos esta afirmação com a certeza de nossa pequena contribuição foi dada através da transformação de nós mesmos.
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Este artigo faz parte de um conjunto de reflexões diárias que iniciou-se em 05/01/2011 a partir de um presente que ganhei em 2010, uma caixinha cheia de citações (veja o artigo "O importante não é a etiqueta" para mais detalhes)
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