Que fique claro, problemas sempre haverão, sofrer ou não é por sua conta.
Ermance Dufaux
A grandiosidade da proposta de Allan Kardec ao codificar a doutrina espírita a partir de informações trazidas por diversos espíritos desencarnados encontra-se exatamente no fato de nos possibilitar compreender um pouco melhor a realidade espiritual, uma realidade da qual fazemos parte e que não conseguimos perceber com frequência por estarmos encarnados e muito ocupados em suprir nossas necessidades materiais.
A vida não está limitada a algumas décadas em um planeta circunscrito e nem tão pouco é uma obra do acaso. Nós, espíritos imortais criados com a destinação à felicidade plena contamos com diversas oportunidades de vida material para construirmos entendimento pleno a cerca de quem somos, de onde viemos e qual a nossa destinação.
Por si só esta informação já é revolucionária. A imortalidade da alma e a certeza de que teremos tantas oportunidades quantas nos sejam necessárias para nos percebermos enquanto filhos de Deus, único, onipresente, onisciente, onipotente, soberanamente bom e justo já nos coloca em um nível de possibilidade de compreensão totalmente diferenciado da realidade que nos cerca.
Nossa vida ganha um colorido diferente. Não vivemos as dificuldades e alegrias neste planeta durante algumas décadas simplesmente porque fomos fruto do acaso e nem tão pouco fomos colocados na vida por uma criatura desequilibrada, poderosa e injusta que age segundo um desejo variável. Fazemos parte de uma grande sinfonia harmônica e bela.
Estamos encarnados neste planeta com um plano de ação traçado a partir de nossas necessidades e organizado de forma a garantir a maior chance de sucesso possível. Somos amparados sistematicamente pela bondade e pelo amor de nosso criador que deseja que desenvolvamos nossa consciência a cerca de nós mesmos enquanto espíritos imortais.
Quando começamos a pensar em nossas realidades sob esta ótica torna-se muito fácil concluirmos que as dificuldades são naturais do processo chamado vida. Elas surgem porque estamos sendo convidados a desenvolver novas potencialidades, a ver o mundo com olhar diferenciado, a desenvolvermos capacidades intelectuais e morais.
Cabe a cada um de nós então a escolha quanto à forma de agir. Podemos ser alunos aplicados, estudarmos, praticarmos, refletirmos e aprendermos com o maior rendimento possível ou podemos nos revoltar com a situação em que nos encontramos e ficarmos congelados em situações de dor e sofrimento que mais cedo ou mais tarde nos levarão ao despertamento necessário.
Esta lembrança de Ermance surge em minha mente como um lembrete a cerca do plano de vida em que estou inserido, montado exclusivamente para mim, considerando minhas facilidades, dificuldades, potencialidades e necessidades. Trata-se apontamento para lição contida em O evangelho Segundo o Espiritismo de Allan Kardec sobre o julgo leve.
Estamos submetidos àquilo de que precisamos para crescermos e se nós procurarmos observar as leis divinas, inscritas em nossa consciência, nos sentiremos aliviados e confiantes, apesar dos desafios que batem à nossas portas.
Sofrer ou não sofrer. Eis a questão de C. Guilherme Fraenkel é licenciado sob uma Licença Creative Commons Atribuição-Uso não-comercial-Compartilhamento pela mesma licença 3.0 Unported.
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Este artigo faz parte de um conjunto de reflexões diárias que iniciou-se em 05/01/2011 a partir de um presente que ganhei em 2010, uma caixinha cheia de citações (veja o artigo "O importante não é a etiqueta" para mais detalhes)
Você poderá acompanhar todas as citações e reflexões publicadas no WebEspiritismo usando o Marcador “Reflexão diária”. A lista de Marcadores usados está disponível na coluna lateral do blog sob o título “Marcadores”
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