O passado passou e o único momento é o agora. Basta utilizarmos o perdão e, imediatamente, começaremos a sentir conforto e alívio, por descarregamos os pesados fardos da culpa, vergonha e perfeccionismo.
Hammed
Na primeira leitura que fiz desta citação tive dificuldade em associar o perdão, atitude que tentamos inserir em nossas vidas quando os outros nos ofendem com o conforto e alívio por nos liberarmos da culpa, vergonha e perfeccionismo, impressões que normalmente carregamos e que são frutos de nossas próprias ações.
Após uma segunda leitura e algumas reflexões lembrei-me da cobrança que imponho a mim mesmo todas as vezes que deslizo em meus propósitos e planejamentos. Da vergonha que sinto todas as vezes que me exponho e não consigo concretizar o que havia me proposto a fazer e da quantidade de projetos que naufragaram porque fiquei preso na busca da melhor forma de executar as coisas.
Imediatamente percebi que o perdão se trata do auto-perdão, do perdão a nós mesmos e que só pode ser concedido por nós mesmos no momento em que nos percebermos de forma mais ampla. Lembrei-me de um texto de Divaldo Pereira Franco que fala do auto-amor e do auto-perdão como preciosos medicamentos para nossas doenças da alma e que começam a ser construídos quando conseguimos começar a considerar o elemento espiritual de nossas vidas.
Começo a achar-me um pouco repetitivo nas reflexões, mas acredito que no final das contas, a receita para sermos mais felizes passa por um conjunto pequeno e simples de conceitos que precisam ser assimilados. Quando reconhecermos que somos espíritos imortais, criados por potência divina boa e justa para sermos felizes e que contamos com diversas oportunidades encarnatórias, neste planeta ou em outros, para nos percebermos desta forma e que temos o apoio de outras criaturas, com as mesmas origens e destinações que nós para realizarmos este processo de auto-conhecimento, somos obrigados a reconhecer que muitas coisas mudam na vida.
Associando estes conceitos às palavras de Hammed é como se ele dissesse: “Esforça-te por crescer espiritualmente, mas não sofras pelo que ainda não conseguiste realizar. Chegará o tempo em que tu estarás perfeitamente afinado com os propósitos divinos”.
Aliviar o fardo da cobrança por aquilo que ainda não acertamos é liberar energia para aprendermos a fazer as coisas da forma correta. Viver o presente sem estarmos ancorados no passado é trabalhar pelo nosso futuro espiritual grandioso e o perdão está na base da liberação deste potencial energético.
Aprendamos com o passado, mas não fiquemos presos a ele. Perdoemos a nós mesmos.
Buscando energia para crescer de C. Guilherme Fraenkel é licenciado sob uma Licença Creative Commons Atribuição-Uso não-comercial-Compartilhamento pela mesma licença 3.0 Unported.
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Este artigo faz parte de um conjunto de reflexões diárias que iniciou-se em 05/01/2011 a partir de um presente que ganhei em 2010, uma caixinha cheia de citações (veja o artigo "O importante não é a etiqueta" para mais detalhes)
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