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sexta-feira, 21 de agosto de 2015

Ao meu inimigo

Ao meu inimigo
(21/08/2015)

Ao opositor que trabalha com tanto penhor;
dedico meu sorriso sem rancor.
De teu furor brota-me valioso rubor.

Forçado a lutar para não sentir dor;
evito o respirar do sofredor.
Empenhado em ser vencedor;
só vejo luzes no final do corredor.

Sou grato a ti, valioso inimigo!
Sigo a valorizar o amigo que comigo insiste.
Se teu olhar resiste,
devo guardar o dedo em riste e oferecer-me a alguém triste...

É certo que amas.
Se hoje o ódio manifestas,
é porque há arestas.
Frestas por onde o vento frio penetra...

A ti oferto o meu melhor agasalho.
Não é quebra galho!
Apenas um atalho a evitar o frangalho.

Olho por nós irmão!
Oro por nós irmão!
Sinto-te em meu coração!
É tempo de redenção...

(Guilherme Fraenkel)

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